Pesa-me a cabeça,
Sinto-a cheia, a extravasar
Doem-me os temporais,
Devia ir descansar…
Poso-a lentamente na cama,
Assim posso relaxar,
Tanta sensação fere,
O melhor é dela olvidar.
Mas, continuamente
Continuam ideias a escorrer,
Experimento uma alegre abstracção,
E conduzo-me ao mesmo em vão…
A dor, que estava largando
Volta e ainda zombando,
Como qualquer rufião,
Vendo o outro em sujeição.
Tanta dúvida, tantos desejos,
Só gostaria de ir sonhar:
Um delicioso descanso
Uma feliz alucinação…
Todo o mundo se me penetra
Estou farto de tanto pensar
Sempre no ermo o asceta
No seu interior a chorar…
E a dor de cabeça,
Parece que veio para ficar,
Não penses ò coração,
Dorme... ò sensação!
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