Caminhando majestosamente, vão os elfos da floresta,
Espíritos imortais percorrendo o anódino tempo,
Em busca de um lúgubre sustento,
Que possa jubilar seu etéreo éden
Fartos da queda luz caminham para a negrura,
Orando risco, morte e sofrimento,
Que lhes esvazie a eterna lassidão
De uma existência saturada, passiva, dada.
Os belos rios, as ingentes árvores de Outono,
As brisas leves e as marmóreas estátuas,
Que são as reminiscências de outras águas,
Nas quais reinam as finitas mágoas,
De quem pelo tempo passa…
E cá estão os elfos, no seu pleno mundo
Sempre guardando o memorial dos homens,
Invejando absurdamente a morte,
E temendo paradoxalmente a vida.
Sempre exilados, radiosos e solenes,
Com suas vestias alvas e divinas,
Erram por errar nos densos bosques,
Soltando um luminoso rastilho:
O Estrelado auxiliador dos olvidados caminhantes.
E seus sumptuosos lares, seus palácios arborizados,
A magia das florestas falantes, a ténue perenidade…
As odes brandas que pairam no ar,
Além da faustosa e plena serenidade,
Inserem algo soturno e subtilmente macabro.
É tudo tão esplêndido, tão perfeito…
Tão divino, tão transcendente, tão absoluto,
Que fatalmente atrai as necessidades metafísicas
Que os homens tanto sentem e tentam satisfazer.
Mas desperta ainda a sensação contrária:
Esta imensidão de verde, esta unificação,
De juventude, a eterna juventude…
Pode criar a náusea da consciência humana,
A angústia de existir numa indiferença perpétua…
Oh, sim…
Voltando à realidade, estes hipotéticos elfos,
Frutos da depravada imaginação humana,
Detêm a imortalidade do corpo e da alma…
E nós, que temos?
A inadaptação às sensatas leis naturais,
E a uma eternidade! A eternidade da indiferença universal!
Espíritos imortais percorrendo o anódino tempo,
Em busca de um lúgubre sustento,
Que possa jubilar seu etéreo éden
Fartos da queda luz caminham para a negrura,
Orando risco, morte e sofrimento,
Que lhes esvazie a eterna lassidão
De uma existência saturada, passiva, dada.
Os belos rios, as ingentes árvores de Outono,
As brisas leves e as marmóreas estátuas,
Que são as reminiscências de outras águas,
Nas quais reinam as finitas mágoas,
De quem pelo tempo passa…
E cá estão os elfos, no seu pleno mundo
Sempre guardando o memorial dos homens,
Invejando absurdamente a morte,
E temendo paradoxalmente a vida.
Sempre exilados, radiosos e solenes,
Com suas vestias alvas e divinas,
Erram por errar nos densos bosques,
Soltando um luminoso rastilho:
O Estrelado auxiliador dos olvidados caminhantes.
E seus sumptuosos lares, seus palácios arborizados,
A magia das florestas falantes, a ténue perenidade…
As odes brandas que pairam no ar,
Além da faustosa e plena serenidade,
Inserem algo soturno e subtilmente macabro.
É tudo tão esplêndido, tão perfeito…
Tão divino, tão transcendente, tão absoluto,
Que fatalmente atrai as necessidades metafísicas
Que os homens tanto sentem e tentam satisfazer.
Mas desperta ainda a sensação contrária:
Esta imensidão de verde, esta unificação,
De juventude, a eterna juventude…
Pode criar a náusea da consciência humana,
A angústia de existir numa indiferença perpétua…
Oh, sim…
Voltando à realidade, estes hipotéticos elfos,
Frutos da depravada imaginação humana,
Detêm a imortalidade do corpo e da alma…
E nós, que temos?
A inadaptação às sensatas leis naturais,
E a uma eternidade! A eternidade da indiferença universal!
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